Jejum é o período no qual o indivíduo não ingere alimentos
durante um tempo de 6h, para o corpo continuar em funcionamento ele utiliza
vias alternativas para suprir a demanda energética.
Em um período de jejum prolongado onde a glicose se encontra
inativada. O glucagon ,de ação contrária a insulina, entra em ação ativando a
gliconeogênese e a glicogenólise no fígado que funcionam para manter a
glicemia, que abastecem principalmente o SNC.
A gliconeogênese gera glicose através de aminoácidos(exceto
lisina e leucina), lactato que é produzido anaerobicamente que é convertido a
piruvato pela lactato desidrogenase e transformada em glicose.
No tecido adiposo a degradação de triacilgliceróis está
aumentada e produzem ácidos graxos e glicerol e abastecem a beta-oxidação para
a produção de corpos cetônicos e o glicerol que pode ser usado na
gliconeogênese.
Os músculos utilizam como energia no jejum, os corpos
cetônicos e ácidos graxos e para suprir a demanda da gliconeogênese, começa o
processo de proteólise muscular onde as proteínas do músculo são reduzidas a
aminoácidos, ocorrendo perda de massa muscular e após período de 10 dias
aproximadamente esse processo cessa pelo fato do cérebro utilizar mais corpos
cetônicos.
No fígado que se encontra as reservas secundárias de energia
logo após os carboidratos, o glicogênio, que é degradado na glicogenólise liberando
moléculas de glicose no sangue utilizadas principalmente pelo cérebro. No
fígado também ocorre a gliconeogênese e a beta-oxidação que produz corpos
cetônicos para os diversos tecidos.
Inúmeras são as alterações metabólicas e hormonais como a
baixa de T3, hormônio tireoidiano que regula o metabolismo, diminuindo a quebra
de substrato, a alta do cortisol que estimula a quebra de proteínas,gorduras e carboidratos
, a adrenalina que em situação de stress e jejum aumenta a disponibilidade de
glicose no sangue.
Referências bibliográficas:
Artigo :
Respostas endócrino-metabólicas ao jejum, exercício físico e trauma Autor:Afonso Camilo Fernandes, Instituto de Quimica Fisiológica,
Faculdade de Medicina de Lisboa
Postado por Rafael Martins
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