terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Metabolismo no jejum


Jejum é o período no qual o indivíduo não ingere alimentos durante um tempo de 6h, para o corpo continuar em funcionamento ele utiliza vias alternativas para suprir a demanda energética.
Em um período de jejum prolongado onde a glicose se encontra inativada. O glucagon ,de ação contrária a insulina, entra em ação ativando a gliconeogênese e a glicogenólise no fígado que funcionam para manter a glicemia, que abastecem principalmente o SNC.
A gliconeogênese gera glicose através de aminoácidos(exceto lisina e leucina), lactato que é produzido anaerobicamente que é convertido a piruvato pela lactato desidrogenase e transformada em glicose.
No tecido adiposo a degradação de triacilgliceróis está aumentada e produzem ácidos graxos e glicerol e abastecem a beta-oxidação para a produção de corpos cetônicos e o glicerol que pode ser usado na gliconeogênese.
Os músculos utilizam como energia no jejum, os corpos cetônicos e ácidos graxos e para suprir a demanda da gliconeogênese, começa o processo de proteólise muscular onde as proteínas do músculo são reduzidas a aminoácidos, ocorrendo perda de massa muscular e após período de 10 dias aproximadamente esse processo cessa pelo fato do cérebro utilizar mais corpos cetônicos.
No fígado que se encontra as reservas secundárias de energia logo após os carboidratos, o glicogênio, que é degradado na glicogenólise liberando moléculas de glicose no sangue utilizadas principalmente pelo cérebro. No fígado também ocorre a gliconeogênese e a beta-oxidação que produz corpos cetônicos para os diversos tecidos.

Inúmeras são as alterações metabólicas e hormonais como a baixa de T3, hormônio tireoidiano que regula o metabolismo, diminuindo a quebra de substrato, a alta do cortisol que estimula a quebra de proteínas,gorduras e carboidratos , a adrenalina que em situação de stress e jejum aumenta a disponibilidade de glicose no sangue.

Referências bibliográficas:
Artigo : Respostas endócrino-metabólicas ao jejum, exercício físico e trauma  Autor:Afonso Camilo Fernandes, Instituto de Quimica Fisiológica, Faculdade de Medicina de Lisboa

Postado por Rafael Martins

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